O mundo inteiro já quis tirar de mim o desejo de professora. Por pouco, não conseguiu. Quando eu tinha doze anos, resolvi perguntar pra minha professora preferida sobre os prós e contras da profissão, uma vez que, até então, só tinha recebido opiniões negativas (de pessoas que não eram professores). Nunca vou esquecer da Ana Cláudia. Esse é o nome dela. Ela me disse: "Tenho pena de você querer professora, mas se essa é a sua vocação, vá em frente. Você terá bons retornos". Engraçado que eu ignorei a primeira parte. Às vezes dá vontade de ir até a escola onde ela trabalha e dizer: "Olha, você não lembra de mim. Mas, tá vendo? Consegui. É só o começo, mas tá dando certo, e você tem parte nisso. Desde que você não me devolveu um livrinho que escrevi há dez anos, eu sei que é esse o meu caminho. Obrigada." É tão lindo perceber o carinho dos meus alunos, como está acontecendo hoje. Faz valer a pena o esforço físico e mental que a profissão me custa quando estou dentro e fora da escola. Dá vontade de continuar e quem sabe, um dia, ouvir de um ex-aluno o que eu sinto hoje pelos meus professores.





    Há algum tempo, eu percebi que minha vida estava virando uma bagunça. Comecei a esquecer tudo que tinha pra fazer, perdia objetos pela casa, na bolsa, quase perdi o controle da minha vida financeira, reprovei em três matérias na faculdade, me atrasava frequentemente. Como não tinha tempo pra nada, nem pra me alimentar corretamente, tive uma pneumonia e uma crise de stress... Enfim, instaurou-se o próprio caos.

    Precisou acontecer tudo isso pra eu parar e pensar: "O que é que eu estou fazendo com a minha vida? Preciso voltar até o momento onde tinha o controle da maioria das coisas e consertar o que está fora do lugar" (até literalmente).

    Foi aí que, por três meses eu tentei me habituar a um método de organização que descobri na internet, através de uma busca no Google: o Flylady, bem popular entre as organizadoras de plantão. Segui à risca no inicio, mas não funcionou, uma vez que as minhas rotinas diárias costumam variar bastante. Mas foi bom, porque adquiri hábitos que fizeram muita diferença (não passar o dia de pijama e beber água, por exemplo).

    Isso me ajudou a retomar as rédeas de algumas situações em que havida me metido (como o problema de dinheiro), mas não foi o suficiente. Continuei procurando. E isso foi incrível, porque descobri que tem muita gente na mesma busca que eu e gente que tinha percorrido o mesmo trajeto que eu estava - estou- iniciando. Conheci o blog Vida Organizada, o Vida Minimalista (que se tornaram meus blogs favoritos sobre organização e produtividade ), o método GTD, o ZTD (que estou experimentando), o blog do Leo Babauta e muitos outros que me ajudam muito, muito mesmo. Tudo isso me serve de inspiração e injeção de ânimo, todos os dias. 

    Consegui até arrumar tempo pra escrever aqui no blog. 

    Pra terminar o post, falta falar do meu orgulho da semana. 

    Bem, a minha mesa estava uma bagunça, das feias. Era o hot spot do meu quarto. Nem parecia que tinha um móvel debaixo daquele monte de papeis, roupas dobradas, livros, celular, carregador, canetas, post-its!!

    Mas acontece que a Thais Godinho, que arrasa escrevendo o Vida Organizada, lançou um desafio de fotos diárias no Instagram e eu quis participar. A foto do dia em que eu entrei no desafio era da sua mesa de trabalho. Isso fez com que eu largasse a preguiça e arrumasse a minha. Tirei a foto e enviei. E me deu uma satisfação, aquela sensação de dever cumprido. Sem exageros, fez com que eu gostasse mais do meu quarto e das minhas coisas. Vontade de sentar diante da mesa e estudar, trabalhar, escrever aqui.

    Ficou assim: 

    E que venham mais coisas pra organizar, porque eu risquei "preguiça" do meu dicionário.


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